Foto: Câmara de Vereadores (Divulgação)
O ex-vereador de Santa Maria Marion Mortari foi liberado da prisão após mais de um ano detido. Ele estava recolhido no Presídio Estadual de Agudo, onde permanecia desde setembro de 2024, e foi liberado na noite de segunda-feira (6), conforme informação divulgada pelos advogados que o representam. Mortari foi preso em 30 de julho de 2024, suspeito de envolvimento em um furto milionário a uma joalheria no centro de Ijuí, ocorrido em 28 de janeiro do mesmo ano.
Ele é representado pelos advogados Gustavo Flores e Daniel Tonetto que afirmaram que a liberação ocorreu após sentença de condenação proferida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Ijuí, que revogou a prisão preventiva do ex-parlamentar. Com isso, o ex-vereador recorrerá da decisão em liberdade.
— O nosso cliente estava preso há mais de um ano em razão da acusação de um furto e, agora, por ocasião da sentença nesse processo, ele foi solto. A prisão preventiva foi revogada. Nós não concordamos com a decisão da sentença, pois seguimos reafirmando a inocência do Marion Mortari. Vamos recorrer dessa decisão e, em breve, teremos novidades — declarou o advogado Gustavo Flores.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
A Operação Áurea
A prisão de Mortari foi resultado da Operação Áurea, conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A ação investigou o furto à Óptica Wolff, em Ijuí, que resultou em um prejuízo superior a R$ 12 milhões.
Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Santa Maria e Florianópolis (SC). Três suspeitos foram detidos, incluindo Mortari. A operação também levou à apreensão de veículos de luxo e ao bloqueio de contas bancárias.
As investigações indicam que o ex-vereador teria alugado o carro usado no crime, e que sua presença em Ijuí foi confirmada por meio da quebra de sigilo telemático.
Prisão e transferência
Inicialmente, Mortari ficou detido na Penitenciária Modulada de Ijuí e, em setembro de 2024, foi transferido para o Presídio Estadual de Agudo para permanecer mais próximo da família, que reside no interior de Restinga Sêca. Durante o período em que esteve preso, a defesa ingressou com pedidos de habeas corpus em instâncias superiores, mas todos foram negados pela Justiça.