Foto: Google Maps (Reprodução)
Depois da RGE, foi a vez de a Caixa Econômica Federal se pronunciar, na noite desta quinta-feira (21), sobre o corte de energia elétrica no prédio onde fica a sede provisória do Fórum de Santa Maria. Locatária de parte do espaço, o banco afirmou que todas as cotas de condomínio estão devidamente quitadas e não haveria qualquer pendência. A instituição financeira rebateu a informação divulgada pela direção do Fórum, que afirmava que o fornecimento de luz teria sido interrompido porque o banco não havia quitado sua parte do pagamento, superior a R$ 35 mil.
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O episódio, que interrompeu parte das atividades do Judiciário local por quase três horas, só foi resolvido após o juiz diretor do Fórum, Vinícius Borba Paz Leão, conceder uma liminar obrigando a religação imediata da luz. O corte de energia atingiu o edifício inteiro, que fica na Alameda Buenos Aires, quase ao lado do prédio do Fórum que está em reforma.
Confira a nota, enviada por meio da assessoria de imprensa da Caixa:
"A CAIXA informa que todas as cotas condominiais estão devidamente quitadas, não havendo qualquer pendência por parte do banco. O medidor de energia no edifício não é individualizado. Com isso, o valor referente ao consumo é incluído na cota condominial por meio de rateio entre todas as unidades do prédio. O banco realiza mensalmente o pagamento da cota condominial à administradora do edifício, que é responsável pela gestão dos recursos arrecadados, incluindo o pagamento das contas."
Na tarde desta quinta, a RGE se pronunciou sobre o fato. Leia abaixo:
"A RGE informa que a suspensão do fornecimento de energia no edifício ocorreu em conformidade com os procedimentos operacionais previstos na regulação do setor elétrico e estão sendo tratados diretamente com o cliente".
A reportagem tenta contato com a imobiliária responsável pela locação do espaço. O Diário procurou o proprietário do prédio, que informou estar em contato com seu advogado para tomar as providências jurídicas necessárias.
Relembre o caso
De acordo com a direção do Fórum, que divulgou uma nota na noite de quarta, o problema começou porque a Caixa Econômica Federal, locatária de parte do prédio, não teria pago a conta de energia no valor de R$ 35.156,90. A administradora do condomínio, por sua vez, não teria comunicado o atraso ao proprietário do imóvel, o que teria resultado no corte do serviço.
O órgão explica que como não havia medidor separado apenas para a área ocupada pela Caixa, a RGE desligou a energia no poste, o que causou a interrupção para todo o prédio locado pelo Tribunal de Justiça, localizado na Alameda Buenos Aires, no Bairro Nossa Senhora das Dores, onde o Fórum funciona provisoriamente durante as obras na sede.
Com a paralisação das atividades, servidores do Fórum e o diretor articularam com o proprietário do prédio e a administração do condomínio a quitação imediata da conta em atraso. Em seguida, o magistrado emitiu uma decisão liminar para assegurar a religação, que ocorreu às 19h05min de quarta.
Tribunal e Fórum negam responsabilidade
A direção do Fórum classificou a ação da RGE como “descabida” e destacou que o Tribunal de Justiça repassa regularmente os valores de condomínio, água e energia ao proprietário. A administração local enfatizou que nem o Judiciário nem a direção do Foro tiveram qualquer responsabilidade no ocorrido.
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