Foto: Dnit (Divulgação)
Um dia após o deslizamento na BR-158, entre Santa Maria e Itaara, que provocou o bloqueio temporário da rodovia após as chuvas na madrugada de domingo para segunda, o trânsito na rodovia voltou a sistema normal de Pare e Siga, como era na semana passada. Essa alternância no trânsito continua sendo feita apenas em um ponto, perto da Garganta do Diabo, por conta das obras de contenção das encostas dos morros, no Km 316 da rodovia.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o sistema de Pare e Siga tem a liberação do tráfego durante 10 minutos na descida de Itaara para Santa Maria e é feito com um veículo como batedor para garantir a segurança do trânsito. Já na subida de Santa Maria e Itaara, o trânsito é liberado durante 15 minutos, pois os veículos, principalmente, as carretas, levam mais tempo para fazer o trajeto na subida. Porém, a demora para fazer o trajeto pode ser maior, porque também é preciso levar em conta o tempo de deslocamento do comboio. Isso tem provocado muitas queixas dos motoristas e moradores de Santa Maria e Itaara. O Dnit informa que, em caso de emergência, ambulâncias têm prioridade de passagem.
O Dnit informa que o plano inicial era fazer Pare e Siga entre 6h e 22h, mas para minimizar os impactos no trânsito, o tempo foi reduzido, ficando entre 7h30min e 17h30min. Para compensar isso e agilizar as obras, as obras estão sendo feitas agora também durante a noite e a madrugada, com outras equipes. Porém, durante a noite, não há sistema de Pare e Siga por questão de segurança.
R$ 226 milhões
Ao todo, 330 trabalhadores estão atuando nas obras de recuperação de 18 pontos da encosta em Santa Maria e Itaara. A previsão do Dnit é concluir os trabalhos até o fim do primeiro semestre de 2026. Além da BR-158, são recuperados sete pontos na BR-287, em São Pedro do Sul, Jaguari e Santiago. O investimento é de R$ 226 milhões.
Além da remoção de pedras, terra e árvores, que oferecem risco de novos deslizamentos, são cravados milhares de tirantes de aço (barras de aço grossas e de 10 metros de comprimento) na rocha. Depois, é feita uma estrutura para proteger as encostas, que é fixada nesses tirantes. Em cada ponto, é feita uma técnica diferente de proteção, conforme a necessidade. Em alguns dos locais, será semeada grama em cima das paredes de contenção.