Justiça nega remoção de vídeo de “chá revelação” que expôs traições no interior do RS

Justiça nega remoção de vídeo de “chá revelação” que expôs traições no interior do RS

Foto Reprodução

Um chá de revelação que deveria anunciar o sexo de um bebê se transformou em um escândalo familiar e, agora, em uma disputa judicial no Rio Grande do Sul. Durante a confraternização realizada no dia 9 de julho, em Quinze de Novembro, a gestante revelou, diante de familiares e amigos, supostas traições do companheiro. O momento foi registrado em vídeo e viralizou nas redes sociais, acumulando milhões de visualizações em poucos dias.

O caso ganhou novos desdobramentos nesta semana. O agricultor, de 27 anos, entrou na Justiça pedindo a remoção dos vídeos e uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. No entanto, o juiz João Gilberto Engelmann, da Vara Judicial de Ibirubá, negou o pedido liminar para retirada do conteúdo. Na decisão, o magistrado argumentou que a circulação do vídeo já é tão ampla que seria impossível conter sua disseminação.

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Além disso, a decisão citou o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o chamado “direito ao esquecimento”, que só se aplica a situações excepcionais. Segundo o juiz, eventuais danos à honra devem ser reparados por meio de indenização, e não com a censura prévia de conteúdos publicados.

No vídeo, a mulher que fez a revelação cita uma relação extraconjugal do companheiro com outra mulher e até um filho nascido desse relacionamento. Ela afirma que familiares sabiam das traições e optaram por não interferir. Desde então, o caso tem repercutido amplamente nas redes sociais, gerando memes, debates e reportagens sobre privacidade, relações familiares e limites da exposição pública.

A defesa deo agricultor avalia novas medidas judiciais, incluindo ações de guarda, pensão alimentícia, difamação e dissolução da união estável. O processo principal segue em segredo de Justiça. Já a agora ex-mulher, em entrevistas, afirmou que não pretende reatar o relacionamento e que o vídeo refletiu uma situação que já vinha sendo discutida em âmbito familiar.


O episódio chama atenção para os impactos da exposição digital em cidades pequenas. Quinze de Novembro tem pouco mais de 5 mil habitantes, e casos como este costumam marcar a comunidade por anos, afetando relações pessoais e reputações. Especialistas orientam que gravações de eventos familiares devem ser divulgadas com cautela, pois podem gerar consequências legais e emocionais duradouras.

Os próximos passos no processo incluem a notificação formal da mulher que fez a revelação para apresentar defesa. Depois, o juiz deverá analisar os pedidos de provas e ouvir testemunhas. Enquanto isso, o caso segue repercutindo em todo o país.

Para quem busca orientação sobre privacidade e uso de imagem na internet, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul e entidades de defesa do consumidor oferecem atendimento gratuito.

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