Operação do MP combate ameaças e entrada de drogas em presídios de Rosário do Sul e Uruguaiana

Operação do MP combate ameaças e entrada de drogas em presídios de Rosário do Sul e Uruguaiana

Foto: Grégori Bertó/ MP-RS (Divulgação)

O Ministério Público (MPRS) deflagrou, nesta terça-feira (8), a Operação Vis Legis – expressão em latim que significa “a força da lei”. A ofensiva teve como alvo o Presídio Estadual de Rosário do Sul e a Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana, ambos na Fronteira Oeste, com o objetivo de coibir ameaças a policiais penais e o ingresso de drogas e celulares nas unidades prisionais.


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A operação foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, sob responsabilidade dos promotores de Justiça Rogério Meirelles Caldas e João Afonso Beltrame, do 9º Núcleo Regional do Gaeco – Campanha, e contou com o apoio da Brigada Militar e do Grupo de Ações Especiais (Gaes) da Polícia Penal. 


Durante as ações, quatro apenados de Uruguaiana, investigados por envolvimento nas ameaças, foram transferidos para outro presídio gaúcho, cujo local não foi divulgado por motivos de segurança.


De acordo com Caldas, as buscas são parte de uma investigação em duas frentes: uma para estancar as ameaças contra servidores penitenciários, e outra para combater o tráfico de drogas, a entrada de objetos ilícitos e a prática de crimes orquestrados de dentro das cadeias. 


– Com o material apreendido, vamos apurar se há mais presos envolvidos nestes delitos e também identificar os responsáveis pelo ingresso de celulares e drogas nos presídios – destaca o promotor.


Já Beltrame ressalta que a penitenciária de Uruguaiana dispõe de scanner corporal e rede de proteção para impedir a entrada de ilícitos, mas que, ainda assim, a prática persiste. 


– Somente no ano passado, foram apreendidos 268 celulares no local. Neste ano, até maio, já são 189 aparelhos, além de facas artesanais, chips, carregadores, cabos e entorpecentes – relata.


A ofensiva contou com a participação de 134 policiais penais, 40 agentes do Gaeco, nove policiais militares e outros promotores de Justiça.


Histórico de violência e rebelião

As ameaças contra a direção e policiais penais do Presídio de Rosário do Sul começaram após a transferência de detentos envolvidos em crimes dentro da unidade. Em março de 2023, uma briga entre grupos rivais resultou em disparos de arma de fogo e na morte de um preso.


A ofensiva contou com a participação de 134 policiais penais, 40 agentes do GAECO, nove policiais militares e outros promotores de Justiça. Foto: Grégori Bertó/ MPRS (Divulgação)


Em fevereiro deste ano, uma rebelião eclodiu no presídio em protesto contra regras sobre visita íntima. O confronto deixou nove detentos feridos. Após o episódio, quatro apenados foram transferidos para Uruguaiana, mas as ameaças contra servidores continuaram, motivando a nova operação e as transferências realizadas nesta terça-feira.

 

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