Reitor da UFSM considera ameaças como "ato de terrorismo"

Reitor da UFSM considera ameaças como

Foto: Beto Albert (Arquivo/Diário)

O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Luciano Schuch, afirmou que todas as medidas possíveis estão sendo tomadas para garantir a segurança da comunidade acadêmica após o recebimento de e-mails com ameaças de violência contra grupos minoritários. As mensagens, enviadas no domingo (5) a diferentes setores da instituição, continham conteúdo racista, homofóbico e misógino, além de uma montagem digital com a frase “chacina na UFSM” ao lado da imagem de uma arma. Em entrevista ao programa ​Fim de Tarde CDN, da Rádio CDN 93.5 FM nesta segunda-feira (6), Schuch destacou que o caso está sendo tratado como um possível ato de terrorismo.


– Nós recebemos, no domingo (5), um e-mail que foi para diversos setores da universidade, com graves ameaças à nossa comunidade. Ameaças a grupos minoritários dentro da UFSM, caracterizando quase um ato de terrorismo. No momento em que tomamos ciência desse e-mail, nós comunicamos a vigilância da universidade e, depois, a Polícia Federal. Na sequência, entramos em contato com a Polícia Civil e também com a Brigada Militar. Todos esses órgãos estão envolvidos, não só em Santa Maria, mas em todos os nossos campi, para que a gente consiga dar uma tranquilidade à nossa comunidade – relatou o reitor.


Segundo Schuch, as atividades da universidade seguem mantidas, mas com vigilância reforçada. 


– A universidade está funcionando, sim. Claro que nós redobramos nosso cuidado e com relação também à vigilância. Também qualquer coisa mais sensível na universidade, eventos que possam ter esse cunho que chame atenção de grupos extremistas, mas a UFSM está funcionando normalmente. Claro, com muito mais atenção.


O reitor explicou que a investigação já identificou algumas inconsistências no e-mail recebido. Há o nome de uma menina e um Cadastro de Pessoa Física (CPF) no corpo do e-mail. Entretanto, ainda não é possível identificar que ela seja a autora. Quanto ao CPF, não há relação com o nome identificado. Outra informação é que o e-mail foi enviado de um domínio da Alemanha para o Brasil, dificultando o rastreamento. 


– O domínio é da Alemanha, mas não é certo que foi enviado de lá. Pode ter sido usado para despistar. A equipe técnica do CPD (da UFSM), quanto a PF, estão tentando rastrear também o IP de origem. Como ele passou por fora do país, fica mais complexo para localizar. A investigação agora também está em contato com um grupo de inteligência de Brasília. Eles estão trocando informações e tentando identificar a origem desse e-mail – disse Shuch. 


Segundo o reitor, a principal linha de investigação da Polícia Federal é de que se trata de uma ação articulada por grupos extremistas com o objetivo de gerar pânico. 


– É uma questão bem orquestrada de grupos que querem gerar essa instabilidade e, no caso específico, na nossa comunidade. Pela informação preliminar da Polícia Federal, claro, trata-se, por enquanto, é mais um ato de terrorismo do que uma ameaça. Eles estão tratando como similar ao que já aconteceu em outros órgãos do Executivo brasileiro. É uma informação preliminar, ainda seguem as investigações, e estamos em contato direto com o delegado e com nossos agentes de segurança da universidade.


Schuch reforçou que a comunidade acadêmica pode se sentir segura dentro dos quatro campi da UFSM, em Santa Maria, Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões


– Algumas pessoas ficaram mais apreensivas em relação à segurança, mas dá para dizer que nossa universidade é um local seguro. Toda a nossa universidade é monitorada por câmeras, nós temos vigilância física e eletrônica. Nesse período, desde que ficamos sabendo, nós reforçamos a vigilância dentro da universidade. E os órgãos de segurança, tanto a Polícia Federal quanto a Brigada, estão mais atentos e circulando pela universidade.


Por fim, o reitor ressaltou que a instituição continuará atuando para proteger seus valores e garantir a segurança da comunidade, e que "a univerdidade é um lugar de todos, e isso incomoda algumas pessoas", mas que a UFSM e as forças de segurança irão "continuar lutando e garantindo que a universidade seja um lugar seguro para todos estarem".


Confira a entrevista completa:

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