Foto: Polícia Civil (Divulgação)
A Operação Lei Máxima foi concluída em Santa Maria, nesta sexta-feira (22), com seis pessoas presas. A ação teve como foco o combate a homicídios no interior do Rio Grande do Sul, com mandados cumpridos em diferentes bairros da cidade.
Ao todo, foram executadas 14 ordens judiciais, sendo nove mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e um de prisão temporária. As ações ocorreram nos bairros Nova Santa Marta, Camobi, Km 3, Juscelino Kubitschek, Passo D’Areia e Salgado Filho. A ofensiva mobilizou cerca de 50 policiais da 3ª Região Policial, além do apoio do 2º Batalhão de Choque da Brigada Militar, com utilização de cães.
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As prisões estão ligadas a cinco investigações de homicídios, três deles consumados e duas tentativas. O primeiro caso investigado é o assassinato de Alex Sandro Medeiros da Cruz, 43 anos, morto a tiros na noite de 18 de junho, no Bairro Juscelino Kubitschek. Conforme a Polícia Civil, três suspeitos foram apontados como executores. Dois homens, de 31 e 27 anos, ambos com antecedentes criminais, foram presos preventivamente. Um terceiro, de 25 anos, foi detido temporariamente. Nesse mesmo inquérito, também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, dois deles em residências de líderes da facção envolvida no crime. Segundo a investigação, o suspeito de 31 anos também teria participação no homicídio de um homem encontrado dentro de uma geladeira, às margens da BR-287, próximo ao antigo campus da Ulbra, em junho deste ano.
O segundo caso é, justamente, o homicídio de Guilherme Fernandes Souza Ribeiro, 18 anos, encontrado sem vida dentro de uma geladeira no dia 20 de junho. O corpo apresentava sinais de estrangulamento com um pedaço de mangueira de jardim. A investigação apurou que a morte ocorreu, na tarde do dia 19, no Bairro Juscelino Kubitschek. No mês seguinte, em 17 de julho, um dos autores foi preso. Ele seria responsável por transportar a vítima em uma carroça. Agora, nesta sexta-feira, um segundo envolvido, de 21 anos, e com antecedentes policiais, foi preso preventivamente.
Outro crime esclarecido pela operação foi o homicídio de André Luis dos Santos, 23 anos, morto na madrugada de 13 de julho, no Bairro Passo D’Areia. O autor dos disparos, um jovem de 19 anos, foi preso preventivamente. De acordo com a Polícia Civil, ele também é investigado por uma tentativa de homicídio registrada no dia 1º de julho, no Bairro Nossa Senhora do Rosário. Na ocasião, ele teria tentado matar o responsável por um feminicídio ocorrido horas antes, na mesma data.
A quinta investigação está relacionada a uma tentativa de homicídio ocorrida na madrugada de 16 de julho, no Bairro Camobi. Um homem de 38 anos foi baleado após um suspeito, que se passou por policial, forçar a janela de sua residência e atirar contra ele. A vítima foi atingida no ombro e de raspão na cabeça, mas conseguiu escapar. Nesse caso, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências localizadas em Camobi e no Km 3.
Durante os cumprimentos, no Bairro Juscelino Kubitschek, a polícia também prendeu em flagrante um homem de 28 anos por tráfico de drogas.
Após os procedimentos de registro das ocorrências, os presos foram encaminhados à Penitenciária Estadual de Santa Maria e ficam, agora, à disposição da Justiça.
De acordo com o delegado Adriano De Rossi, que coordenou a operação na cidade, a ação representa um recado direto contra o crime organizado:
– A Operação Lei Máxima representa uma resposta enérgica e integrada da Polícia Civil, em conjunto com a Brigada Militar, constituindo uma ação cirúrgica e de força máxima contra o crime organizado em Santa Maria. Ao prender indivíduos responsáveis por homicídios que abalaram a comunidade e mirar diretamente nas lideranças de facções, as forças de segurança enviam uma mensagem clara: crimes contra a vida não serão tolerados e a resposta do Estado será sempre firme, qualificada e implacável – destacou o delegado.
Além de Santa Maria, a Operação Lei Máxima também foi realizada em Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Rio Grande, sob coordenação das Delegacias de Homicídios do Interior e supervisão da Divisão de Homicídios do Interior (DHI), chefiada pelo delegado Thiago Carrijo.