Reprodução
A agressão registrada por câmeras de segurança em um condomínio de alto padrão em Natal (RN), no último sábado (26), voltou a evidenciar a gravidade da violência doméstica no Brasil. Juliana Garcia, de 23 anos, foi espancada dentro do elevador por seu então namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos. As imagens mostram o momento em que a jovem é atingida com 61 socos no rosto e na cabeça, em um espaço de menos de um minuto.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
A sequência de violência, ocorrida em ambiente fechado, terminou quando o elevador chegou ao térreo. Vizinhos ouviram os gritos e socorreram Juliana, que saiu do local visivelmente ferida, com o rosto desfigurado e sangrando. Igor foi preso em flagrante ainda no condomínio e, posteriormente, teve a prisão preventiva decretada.
Pronunciamento da vítima
Juliana se manifestou publicamente por meio das redes sociais. Em uma postagem, agradeceu o apoio recebido de amigos, familiares e de pessoas que demonstraram solidariedade após a divulgação do vídeo.
“É um momento muito delicado e eu preciso focar na minha recuperação”, escreveu.
- Onda de furtos de fios elétricos gera prejuízo e insegurança em Santa Maria; poder público promete ação contra receptadores
- Governo quer acabar com obrigatoriedade de autoescolas para tirar CNH
Alegação de “surto claustrofóbico”
Em depoimento à polícia, Igor Cabral afirmou que sofre de claustrofobia e teria tido um "surto" dentro do elevador, após uma discussão com Juliana. Segundo sua versão, a briga começou porque ela teria se recusado a abrir o portão e a porta de casa, além de tê-lo insultado e rasgado sua camisa. Ainda assim, as imagens captadas pelas câmeras de segurança mostram uma sequência contínua de golpes desferidos por ele, sem qualquer possibilidade de defesa por parte da jovem.
Investigação e acusação
O caso está sendo tratado como tentativa de feminicídio, e a Polícia Civil do Rio Grande do Norte deve concluir o inquérito nos próximos dias. A promotoria deverá avaliar se outras qualificadoras serão adicionadas à acusação formal.
Confira o momento das agressões:
